Os planos do novo governo alemão

2021-12-10

O novo governo alemão que assumiu funções esta quarta-feira, sob a liderança do social-democrata Olaf Scholz, delineou planos ambiciosos nas áreas ambiental, migratória e habitacional. Scholz assume o cargo com a missão de lidar com a quarta vaga de coronavírus e de modernizar a infraestrutura do país. O seu governo será formado por uma coligação tripartida entre o Partido Social-Democrata (SPD), o Partido

Os partidos negociaram por oito semanas para chegarem a um acordo comum e estabelecerem uma divisão nos ministérios. O documento resultante tem 177 páginas, e prevê conciliar diferentes visões e também transformar em prática o que os partidos têm em comum.

Dessa forma, a Alemanha será governada pela primeira vez em nível federal por uma "coligação semáforo" – uma alusão às cores dos partidos social-democrata (vermelho), liberal (amarelo) e verde.

Alguns dos principais pontos de atuação do novo Governo Federal na área da economia e do ambiente:

Economia
- O salário mínimo deve subir para 12 euros por hora – atualmente é de 9,6 euros;
- Restabelecer o chamado "travão da dívida" – que limita o valor que o Estado pode tomar emprestado – até 2023. O mecanismo tinha sido suspenso para permitir gastos públicos extras durante a pandemia.

Ambiente
- Até 2030 a fatia das energias renováveis deve subir para 80% na matriz energética da Alemanha.
- Os três partidos apontam que a Alemanha deve "idealmente" abandonar o uso de carvão até 2030, e não apenas em 2038. O acordo também prevê incentivos para abandonar motores de combustão no mesmo período.
- Aumentar o transporte ferroviário de carga em 25% e contar com pelo 15 milhões de carros elétricos nas ruas até 2030.
- Aumento dos impostos sobre as emissões de CO2 sobre combustível.
- Aumentar as taxas de tráfego aéreo.
- Buscar a neutralidade carbónica até 2045.
- Os três partidos descartam o regresso à energia nuclear.
- Usar 3,5% do PIB para investimentos em pesquisa e desenvolvimento que irão acelerar a transição para uma economia neutra em carbono.

Fonte: Deutsche Welle
Foto:   Henning Schacht

 
 
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