A indústria alemã iniciou, surpreendentemente, o novo ano com um aumento das encomendas.

Em janeiro, as encomendas recebidas aumentaram um porcento em relação a dezembro, como informou o Instituto Federal de Estatística em Wiesbaden esta semana.

Os analistas, por outro lado, tinham esperado uma descida de 0,7 porcento, em média. O crescimento já acentuado das encomendas no mês anterior aumentou agora de 3,2 para 3,4 porcento.

"À primeira vista, um bom começo do ano", comentou o economista Jens-Oliver Niklasch do Landesbank Baden-Württemberg. Thomas Gitzel, economista chefe do VP Bank, também afirmou a confiança os números: "Nas novas encomendas estão a ter um bom início no novo ano". À segunda vista, o desenvolvimento foi ainda melhor, porque sem ter em conta a volatilidade das grandes encomendas, foi registado um crescimento de 2,9 porcento.

No entanto, em detalhe, o desenvolvimento foi misto. Enquanto a procura interna enfraqueceu consideravelmente com uma descida de 5,3 porcento, a procura do estrangeiro registou um aumento de mais de 5,5 por cento. Contudo, vieram menos encomendas da zona Euro, mas significativamente mais do resto do mundo.

A indústria alemã viveu um ano conturbado. Em 2022, as empresas sofreram não só com as consequências da guerra da Ucrânia. Os problemas de abastecimento no comércio global – em resultado da pandemia de Corona - também pesaram sobre a indústria, apesar de, mais recentemente, estes estrangulamentos tenham vindo a atenuar-se.

Fonte: dpa