O setor alimentar continua a ser um dos mais afetados pelos estrangulamentos no abastecimento.

2023-03-16

O setor alimentar continua a ser um dos mais afetados pelos estrangulamentos no abastecimento.

Este é o resultado de um inquérito recente do Intstituto Ifo. Em fevereiro, 85,7 porcento das empresas inquiridas reportaram este facto, em comparação com 95,6 porcento em janeiro. "As negociações difíceis entre fabricantes e retalhistas sobre preços dos alimentos têm sido recentemente uma causa importante de lacunas nas prateleiras", diz o especialista em comércio do Ifo Patrick Höppner. "Os produtores podem utilizar as paragens de entrega como meio de pressão nestas negociações, enquanto os retalhistas, por seu lado, fazem uso da opção de retirar temporariamente os produtos de certos fabricantes dos seus sortidos".

No sector retalhista no seu todo, 53,5 porcento das empresas inquiridas são afetadas pela escassez, contra 57,4 porcento em janeiro. "Os preços elevados dos alimentos estão a influenciar fortemente o comportamento de compra no retalho alimentar", diz Höppner. "Muitos consumidores estão a fazer compras com grande atenção aos preços e estão mais dispostos a visitar várias lojas e a dividir as compras em busca de bons negócios. Como resultado, os locais de comércio retalhista de mercearia tendem a ser mais frequentados". Apenas 17,7 porcento dos retalhistas relataram uma quebra no número de clientes no quarto trimestre de 2022. Este é o número mais baixo desde 2020.

Fora do setor alimentar, as dificuldades no abastecimento atenuaram-se bastante, especialmente no comércio a retalho de bicicletas: Apenas um em cada quatro retalhistas continua a reportar problemas. Ainda recentemente, em junho de 2022, todos os retalhistas deste setor afirmavam sentir dificuldades no abastecimento de produtos.

Fonte: Ifo

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