O Ministro das Finanças alemão Olaf Scholz considera que a Alemanha está preparada do ponto de vista financeiro para combater a crise causada pelo coronavírus.
“Vamos recorrer aos meios necessários para ultrapassar as consequências financeiras e económicas da pandemia”, afirmou o Ministro esta semana durante a apresentação do Orçamento de Estado de 2022. Está planeada a contratação de novas dívidas no valor de vários mil milhões de euros, o que irá implicar uma nova exceção à Constituição alemã, que prevê um travão à contração de dívida.
Schulz confirmou também que a política de auxílio à economia irá continuar. O Governo Federal aprovou já um programa de apoio para minorar as consequências da pandemia no emprego e nas empresas. O Ministro deixou claro que a Alemanha dispõe dos meios para fazer o que for necessário – também numa comparação internacional. Tanto o valor dos empréstimos como a quota de endividamento estão abaixo do esperado. O endividamento deverá até manter-se em valores inferiores aos da crise financeira de há 10 anos.
A quebra da economia teria sido muito mais grave sem a intervenção do Governo Federal. No entanto, a recuperação esperada para 2021 poderá atrasar-se se a situação pandémica não melhorar. No Orçamento de Estado para 2022 está considerada a contratação de novas dívidas no valor de 81,5 mil milhões de euros, no ano corrente o valor da dívida deverá exceder em 60,4 mil milhões de euros o que estava inicialmente previsto. Apoios adicionais para setores como a restauração e a aquisição de vacinas bem como uma quebra acentuada das receitas fiscais tornaram necessário um Orçamento retificativo. Para 2022, o Orçamento de Estado ascende a 419,8 mil milhões de euros, menos que no corrente ano, uma vez que o Ministério das Finanças já não conta com uma despesa tão elevada para apoios no âmbito da pandemia.
Fonte: dpa
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