A indústria alemã de construção automóvel e de máquinas mostra-se preocupada que a Lei da Proteção do Clima, recentemente sujeita a alterações, venha representar um risco para a Alemanha enquanto localização de produção. A Presidente da Associação Alemã da Indústria Automóvel (VDA), Hildegard Müller, dá voz a estes receios: “Destruir a indústria inovadora da Alemanha e transferir a produção para outras regiões nas quais os mesmos resultados produzem muito mais dióxido de carbono não ajuda ao clima mundial. Não contribui em nada para a redução do CO2 se a indústria abandonar a Alemanha”. Müller mostrou-se muito irritada com a pressa com que o Governo quis avançar com o seu pacote para o clima sem medir devidamente as consequências.
Também Karl Haeusgen, Presidente da Associação de Construtores de Máquinas (VDMA) acentuou que “quando se trata de uma fábrica alemã ou de origem europeia, podemos partir do princípio de que a produção será energeticamente mais eficiente que noutras regiões do globo”. Este responsável lamenta que não seja reconhecido o contributo da indústria para a proteção do clima e reitera que a Alemanha só poderá convencer o resto do mundo a apostar na proteção do clima se não for também uma vítima desta aposta.
O Governo alemão aprovou há poucos dias uma alteração à Lei da Proteção do Clima do país de modo a alcançar os objetivos na redução das emissões. Assim, está previsto que a Alemanha seja já em 2045 neutro na emissão de gases estufa, o que significa que alguns setores tenham que poupar mais emissões nos próximos anos do que previsto.
Fonte: dpa
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