Desemprego na Alemanha cai e regista maior queda em 10 anos

2021-07-02

A taxa de desemprego na Alemanha caiu para 5,7 porcento em junho, menos 73.000 pessoas para 2,6 milhões, a maior queda registada num mês de junho nos últimos dez anos, informou hoje a agência federal de emprego alemã.

Em termos homólogos, o número de desempregados diminuiu em 239.000 pessoas e a agência alemã atribuiu a queda do desemprego à reabertura da atividade depois do levantamento gradual das restrições impostas devido à pandemia de covid-19.

Os resultados de junho, contudo, têm de ter em conta que o mesmo mês de 2020 foi muito atingido pelas consequências da pandemia que, em geral, acrescentou cerca de 400.000 pessoas às listas de desempregados ou um aumento de 0,9 porcento na taxa de desemprego.

A agência federal de emprego acrescenta que durante o mês de junho de 2021 um total de 59.000 pessoas foram registadas como trabalhadores a tempo reduzido de acordo com o mecanismo conhecido como "Kurzarbeit" (layoff), o que indica uma queda no número de pessoas que tiraram partido desta medida utilizada durante os meses da pandemia. Isto eleva o número total de pessoas em layoff para 2,34 milhões em junho, contra o pico em abril de 2020, quando quase seis milhões de trabalhadores usufruíram do mesmo.

Um total de 44,63 milhões de pessoas estavam empregadas na Alemanha em junho, mais 48.000 que no mesmo mês de 2020, e a agência federal de emprego reconhece que o emprego "claramente" sofreu as consequências da pandemia, embora "uma ligeira recuperação" seja agora percetível.

"As perspetivas económicas estão mais uma vez a melhorar de forma acentuada. Neste contexto, o mercado de trabalho também está a melhorar. O desemprego sazonal e o subemprego caíram significativamente em junho", de acordo com o relatório da agência sediada em Nuremberga.

A agência acrescenta que para o segundo trimestre de 2021 espera-se que tenha sido alcançado um "crescimento significativo" do Produto Interno Bruto (PIB) e sublinha que apenas "algumas restrições económicas permanecem em vigor". Como resultado, as perspetivas económicas estão, mais uma vez, a melhorar significativamente, adianta.

Fonte: aicep

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