Depois de o Instituto Ifo de Munique ter revisto em baixa as suas previsões de crescimento para a economia alemã, agora também o Instituto de Investigação Económica (IWH) de Halle e o Instituto de Economia Mundial (IfW) de Kiel anunciaram que a quarta vaga pandémica e as dificuldades nas cadeias de abastecimento afetarão negativamente a conjuntura.

Segundo o IfW, o Produto Interno Bruto deverá aumentar em 2022 apenas 4,0 porcento e não os 5,1 porcento que tinham sido anunciados em setembro. Os analistas estão de acordo que a recuperação da economia alemã está sujeita a um travão. O aumento do número de infeções por Covid-19 no país afeta sobretudo os prestadores de serviços que necessitam de maiores contactos interpessoais. Quando o impacto da pandemia deixar de se fazer sentir com tanta intensidade – o que deverá acontecer na primavera – a recuperação far-se-á sentir com maior intensidade. Outro fator que irá influenciar a recuperação será a melhoria do funcionamento das cadeias de abastecimento, uma situação que afeta atualmente de forma severa a produção industrial.

O IfW alterou também as suas previsões de crescimento para 2023, mas neste caso em sentido positivo. O crescimento da economia deverá ser de 3,3 porcento contra os 2,3 que já tinham sido anunciados. Para o corrente ano o IfW espera um crescimento de 2,6, depois de uma quebra de 4,6 porcento em 2020 por causa da pandemia. O nível anterior à crise só deverá ser alcançado no segundo trimestre de 2022, três meses depois do que o indicado pelas previsões anteriores.

Fonte: Deutsche Welle