Economistas esperam "continuidade" nas relações económicas luso-alemãs

2022-02-04

O novo Governo alemão, que tomou posse há cerca de dois meses, deverá manter uma estratégia de continuidade nas relações económicas com Portugal, segundo os especialistas consultados pela Lusa, ainda que admitam uma ligeira redução do Investimento Direto Estrangeiro.

"Não prevejo que haja uma modificação substancial da posição alemã em relação a Portugal", disse à Lusa o bastonário da Ordem dos Economistas, António Mendonça.

Também Ricardo Cabral, professor do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa (ISEG), acredita numa "linha de continuidade em relação à política definida pelo anterior Governo alemão". Contudo, adverte que "a questão fundamental será o posicionamento do novo Governo da Alemanha em relação a eventuais alterações às regras orçamentais europeias (atualmente ainda suspensas) e à própria regra travão à dívida da Constituição da Alemanha".

Por outro lado, Ricardo Cabral alerta para que "a indústria da Alemanha está sob enorme pressão e é provável uma redução dos fluxos de Investimento Direto Estrangeiro (IDE) da Alemanha [com Portugal]". O economista disse, em declarações à Lusa, que o Governo alemão enfrenta "três grandes desafios muito mais importantes do que Portugal", entre os quais a estabilidade política interna, o diferendo entre a Rússia e os EUA e a estabilização macroeconómica da zona euro, depois da crise económica provocada pela pandemia.

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