Face ao aumento continuado da inflação na Alemanha, que tem sido decisiva para o encarecimento de matérias-primas, energia e transportes, Peter Adrian, Presidente da Confederação das Câmaras de Comércio e Indústria Alemãs (DIHK) apela ao Banco Central Europeu e ao Governo alemão para darem sinais de uma mudança que permita o desagravamento dos preços.
“A inflação está no seu valor mais elevado dos últimos 30 anos, o que para as empresas representa um agravamento dos seus custos. Ainda não nos encontramos numa situação dramática, mas as empresas alemãs aguardam um sinal positivo por parte do BCE. Um euro fraco aumenta ainda mais o custo das importações energéticas”, comenta Adrian.
Os apelos a uma mudança da política monetária da União Europeia têm vindo a aumentar depois de a inflação não ter recuado como esperado no início do ano. Michael Heise, Economista-Chefe do HQ Trust, recomenda que uma mudança neste âmbito não deve ser protelada por mais tempo face aos números da inflação na Alemanha e noutros países da UE. Mas o mesmo especialista considera que uma redução dos preços energéticos não será, para já, de prever, em virtude das tensões geopolíticas que se vivem atualmente com a Rússia. Já Nils Jannsen, do Instituto para Economia Mundial em Kiel, receia que a inflação elevada venha a prolongar-se.
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