Empresas alemãs com dificuldades em substituir importações da Rússia, Ucrânia ou Bielorrússia

2022-05-06

As empresas alemãs estão com dificuldades em substituir as importações da Rússia, Ucrânia ou Bielorrússia.

Segundo uma pesquisa do Instituto Ifo, apenas 13,8 porcento das empresas industriais com problemas de abastecimento desses países seriam capazes de substituir, a curto prazo, completamente as suas fontes de abastecimento. Para 43,4 porcento das empresas isso é apenas parcialmente possível, ao passo que os outros 16,3 porcento responderam que recorrer a outros fornecedores não seria economicamente viável e 13,8 porcento afirmaram que isso não é, de todo, possível.

“Mudar as fontes de suprimento é uma dor de cabeça para muitas empresas”, diz o economista do Ifo, Klaus Wohlrabe, acrescentando que “as cadeias de suprimentos e processos de produção que foram experimentados e testados por anos muitas vezes não podem ser reorganizados da noite para o dia”.

No wholesale (mercado por grosso), apenas 7,4 porcento disseram que era totalmente possível encontrar novas fontes de importação no curto prazo, enquanto 42 porcento afirmaram que era possível apenas em alguns casos. “Não sei” foi a resposta selecionada por 12,7 porcento das empresas industriais e 17,3 porcento dos grossistas.

Uma mudança de fontes de importação não faz sentido económico para 16% dos inquiridos e não é possível para 17,3 porcento.

Muitas empresas são também afetadas indiretamente, já que os seus fornecedores estão dependentes das importações da Rússia. “Muitas vezes também há incerteza sobre se e em que medida as empresas podem ser afetadas pelas sanções”, diz Wohlrabe.

Fonte: Jornal Económico / Der Spiegel

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