Um estudo apresentado pela consultora EY (Ernst & Young) revela que, no ano passado, foram registados 841 projetos de investimento estrangeiro no país, o que representa uma quebra de 10 porcento em relação ao ano anterior. Já a França, o principal destino de investimento estrangeiro na Europa, recebeu 1222 novos projetos, mais 24 porcento que em 2020. A Grã-Bretanha captou 993 projetos, mais dois porcento em relação ao período anterior.

Na opinião de Henrik Ahlers, responsável da EY, “a Alemanha está a perder atratividade na captação de investimento estrangeiro”. A saída da Grã-Bretanha da União Europeia parece não ter afastado os investidores e a França tem aplicado importantes reformas nos últimos anos, que reforçaram a sua imagem de destino de investimento atrativo.

Apesar de tudo, a Alemanha continua a ser uma localização muito interessante para os investidores. Ahlers refere como exemplos os investimentos da Tesla em Grünheide e a fabrica de semicondutores que Intel vai construir em Magdeburg. No entanto, os investidores referem também que o país apresenta custos energéticos muito elevados em comparação com outras localizações e que os processos administrativos e as autorizações demoram demasiado.

Também a falta de profissionais qualificados representa um obstáculo. Algumas regiões da Alemanha apresentam já uma situação de pleno emprego, o que coloca dificuldades acrescidas às empresas que se queiram instalar e que procurem trabalhadores com qualificações específicas.

Fonte: dpa